Conselho de Segurança da ONU marca reunião emergencial sobre ataques de Israel ao Irã 622r5n
Encontro convocado a pedido de Teerã ocorre após forças israelenses lançarem mísseis contra instalações nucleares iranianas e provocarem destruição na capital 2c5oo

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá ainda nesta sexta-feira, 13, para discutir os ataques de Israel ao Irã, a pedido de Teerã.
Em carta enviada por sua Missão Permanente na ONU, o Irã condenou os ataques israelenses, que chamou de “flagrante ato de agressão”, e pediu que o conselho se reunisse urgentemente para tratar das violações da soberania iraniana.
“A República Islâmica do Irã responderá a esses atos covardes e ilegais de maneira decisiva, proporcional e dissuasiva, no momento e local de sua escolha”, afirmou a carta.
O texto disse ainda que defender a integridade territorial, a segurança nacional e os cidadãos do Irã é um direito fundamental e inegociável.
“O regime sionista pagará um alto preço por esta agressão e seu erro de cálculo estratégico”, completou.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que usou a ocasião para pressionar Teerã a um acordo nuclear com Washington, deve comparecer à reunião do Conselho de Segurança, que está prevista para as 12h de Brasília desta sexta.
O major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas, o major-general Hossein Salami, comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), e o major-general Gholam Ali Rashid, comandante do Quartel-General Central de Khatam al-Anbiya, os três mais importantes líderes militares do país, foram mortos na operação.
Mais seis cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, incluindo Fereydoun Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, e Mohammad Mehdi Tehranchi, um importante físico nuclear e acadêmico, também foram confirmados mortos.
Desde a guerra Irã-Iraque, na década de 1980, o Irã não via uma série de ataques tão devastadores em um único dia. Na madrugada desta sexta-feira, 13, quando ainda era noite de quinta no Brasil, Israel abriu uma investida com aviões de guerra que lançaram mísseis sobre a capital iraniana, Teerã.
Segundo Tel Aviv, a ação mirava instalações nucleares do país, “com o objetivo de prejudicar o programa nuclear iraniano e em resposta à agressão contínua do regime iraniano contra Israel”. O exército israelense confirmou as mortes de três lideranças militares do Irã e de seis cientistas nucleares.
Mas a destruição atingiu também prédios residenciais. A mídia estatal iraniana reportou que mais de setenta pessoas morreram na operação, incluindo civis.
Nenhuma investida direta entre as nações inimigas se compara em tamanho e escala à onda de ataques israelenses na sexta-feira. Tel Aviv utilizou 200 caças em seu ataque, lançando mais de 330 “munições diversas” e atingindo mais de 100 alvos em todo o Irã, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.
A agressão gerou temores de um conflito militar mais amplo na região, com Teerã prometendo uma “resposta dura”. Isso sinaliza uma nova fase no conflito entre Israel e Irã, que por décadas foi travado nas sombras, antes de explodir em confrontos reais nos últimos dois anos.